13.9.07

Qualidade acima de tudo.

Eu acho, repito, ACHO, que o orçamento para o anúncio que se segue não terá sido muito alto. Acho eu. Mas vejam, porque é dinheiro bem empregue.

11.9.07

Bons tempos.

25.7.07

SL, ou O Triunfo Dos Extremos

Second Life. Só o nome já incita à discussão. Que é parvo, que é muito parvo, dirão alguns. Que é fantástico, que é incrível, dirão outros.

Eu acho que é como tudo: depende de como se encara, de como se usa. Sobretudo de quem usa. Podem usar assim (leiam. A sério, leiam...) ou assim:


Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Certo?

24.7.07

RIP Studio 60


Pois parece que vai ter de ser. Vou ter de dizer adeus a uma das minhas séries preferidas... Studio 60 On The Sunset Strip, Studio 60 para os amigos, vai mesmo acabar devido à queda nas audiências. Eu sei que a minha admiração por esta série não é comungada por outras almas, mas eh, para esses há Lost ou Grey's Anatomy. Divirtam-se.

Até percebo que o show não tenha o mesmo sucesso que "tv-blockbusters" (isto existe?) como os referidos acima. Mas já tinha esperança que após o sucesso de House os americanos percebessem que as séries que puxam um bocadinho pela cabeça e que têm, de facto, mérito tanto a nível de representação como de escrita fossem reconhecidas. Até admito que Studio 60 não tenha estado ao nível do hype que criou; o episódio-piloto foi realmente extraordinário e colocou as expectativas nos píncaros. Mas não me digam que não há aqui mais arrojo que em Grey (vai prá 4ª temporada) e mais consistência a nível de argumento que qualquer Lost.

Bah. Screw you all. Pode ter sido só uma temporada mas valeu a pena. Ganda Matt Perry, ganda Bradley Whitford. E gandas mádames: Amanda Peet e Sarah Paulson, que tornam muito difícil a um gajo gostar das marias habituais... categoria de mulheres, pá (ah, e também Kari Matchett. Ai ai...). Ah, e a homenagem maior a Aaron Sorkin: um dia gostava de escrever como este marmanjo. Ou metade, só.

Para além disto, um show que tem cameos musicais de Sting, Corinne Bailey-Rae ou Macy Gray (bem como uma das minhas músicas favoritas - "Keep It Loose, Keep It Tight" de Amos Lee), que mete piadas lá pelo meio sobre Jessica Simpson ou Michael Richards e ainda faz homenagem aos afectados pelo furacão Katrina (através da interpretação arrepiante de O Holy Night por músicos apoiados pela fundação Tipitina - a sério, ouçam, pela vossa saúde) não pode merecer senão uma vénia e um forte até qualquer dia.

Chuif... FUCK LOST, FUCK GREY, FUCK YOU ALL!!! Buáááááá....

p.s.: Só mais uma coisinha. Pra um show que vai ser cancelado, nomeação para 5 Emmys não está nada mau...

23.7.07

Só pra dizer que...


...estamos todos à espera do filme do ano faz tempo. Sai esta semana, e a verdade é que se Matt Groening quisesse podia fazer um episódio típico dos Simpsons, alongava-o um pouco e mesmo assim era o filme do ano na mesma. Verdade?

Ah, e claro, referir também que vai sair Bratz: The Movie. Acho triste que seja feito com pessoas reais. E os fãs ficam desapontados, obviamente. Acho eu. Se conhecerem algum fã perguntem-lhe.

16.7.07

Politicamente correcto...

3.7.07

O poder dos videojogos (ou "Isto não é uma reflexão sociológica")

Um assunto que é debatido vezes sem conta nos meios de comunicação social, em congressos, conferências e reflexões, por psicólogos, pseudo-psicólogos e portadores de senso comum, ou mesmo pura e simplesmente ignorantes no assunto com vontade de bitaitar sobre o que não conhecem é aquele relativo ao poder dos videojogos sobre os seus utilizadores.
Normalmente isto vem a propósito de casos de violência que envolvam crianças que normalmente jogam títulos como Grand Theft Auto ou Carmageddon.

Ora, eu não quero entrar por esse caminho, por essa discussão, mais batida que a (aham) "respectiva"... Mas hoje achei particular interesse a uma questão em particular.

O Belenenses contratou para a sua equipa de futebol Evandro Roncatto, jogador brasileiro que fez furor quando jogava nos Sub17 e que, como tantos outros, viu a sua carreira a decair pouco tempo depois, acabando a jogar em clubes como o Náutico do Recife ou o Ipatinga. Diga-se que aquando do seu furor prematuro, diversos clubes de nomeada se interessaram por ele.Mas acabou no Belenenses (sem desprimor para o Belém, atenção).

Tudo isto estaria muito bem, tudo normal, sim senhor. Casos destes são habituais no futebol, muito mais no Brasil onde craques nascem e desvanecem-se todos os dias. Aliás, o Vitória de Guimarães contratou agora há dias Felipe, alcunhado de Tigrão, que foi internacional Sub20 e igualmente alcunhado de craque aqui há uns anitos e cuja carreira passou por clubes do mais baixo calibre no Brasil ultimamente. A diferença passa por outro factor.

Evandro Roncatto tornou-se numa vedeta, num nome comum para os adeptos de futebol por causa de jogos de computador. O famoso Championship Manager, e posteriormente Football Manager, tornou-o num craque virtual, um dos melhores jogadores jovens possíveis de comprar no jogo virtual. Os jogadores assumiram que Evandro viria a tornar-se num craque igualmente na realidade. Ao que parece faltou-lhe um bocadinho assim.

Mas este fenómeno é de facto curioso: desde quando é que um videojogo deste tipo influencia a ideia que clubes e adeptos têm de um jogador "real"? O facto é que o CM/FM tornou-se num "guia" para contratações até. Lembro-me aqui há uns anos de uma reportagem da SportTV sobre este jogo e havia mesmo elementos da equipa directiva do Vit.Setúbal que consultavam a base de dados do jogo para avaliar eventuais reforços. O Marítimo teve, há 2 anos talvez, Maxim Tsigalko à experiência, um caso similar de vedeta do CM que nunca mostrou o mesmo valor na vida real.

Será que faz sentido pensar que um agente de futebol pode tentar "vender" os seus representados conseguindo, de alguma forma, que estes sejam bem representados no jogo? Fará isto sentido? É capaz de ser uma estupidez minha (é costume), mas será que é possível?

Até porque acontecem casos engraçados de "hoaxes"; lembram-se de Tó Madeira, grande ponta de lança de uma edição anterior do CM? Grande furor fazia, de tal forma que a comunidade de jogadores procurou informar-se sobre ele na realidade, apenas para descobrirem que tinha sido pura invenção de um colaborador português com a base de dados do jogo. Quantos jogadores podem gabar-se de terem este tipo de interesse? É ou não é curioso?

Pena tenho eu, que passei ao lado de uma grande carreira no futebol. Tipo, a quilómetros.

27.6.07

Comédia: Louis CK - Shameless

Saiu ontem nos EUA, em DVD, o HBO Special de 1 hora de Louis CK, intitulado Shameless. Digo isto só porque se trata de um humorista que provavelmente muita gente não conhece, e é uma pena. Porque é daqueles comediantes que nos fazem dizer "porque é que eu não pensei nisto antes?". Ainda só vi 2 ou 3 clips da rotina inteira e já fiquei fã incondicional. E para não ser o único, tomai e comei:


"Go skate into an AIDS tree, you motherfucker!"


"I think she felt like she had raped herself with my dick."


"Maybe she fuckin' hates Jews, I don't know..."


"She might as well be dead at that point!"

26.6.07

Ora pois, pois (ou a arte de maldizer os pernas-de-pau brasileiros)

Uma das coisas que podem esperar quando vierem cá ao estaminé é, de vez em quando (prometo que não serão muitas vezes porque não falta quem o faça), vou bitaitar sobre futebol. Nem é tarde nem é cedo: é agora mesmo.

Como referido no título, vou cascar nos brasileiros que todos os anos desembarcam em contentores na costa do nosso cantinho, distribuindo-se depois pelos clubes da I, II, III divisões até aos distritais (sim, eu sei que se diz Bwin Liga, Vitalis e tal e coiso, mas isto muda todos os anos por isso já nem estou pra me chatear). Honestamente, alguém me explica a lógica desta política de contratações?

Será que alguém percebe que este tipo de estratégia acaba quase sempre em prejuízo, em jogadores que passados poucos meses são recambiados para o outro lado do Atlântico, sem que as suas prestações tenham valido sequer os bilhetes de avião? É inacreditável. E não há quase uma única equipa que não o faça. Este ano temos já estas vedetas asseguradas (rufos, luzes, abram-se as cortinas!):

Chiquinho! Este médio ofensivo canhoto, recentemente contratado pelo Belenenses, provém do Inter de Santa Maria! Anteriormente esteve ainda no São Luiz de Ijuí, Grémio Bagé e nesse gigante que dá pelo nome de Ulbra!

Laionel! Fabuloso extremo, com um nome tão idiótico como o do ex-sportinguista Deivid, provém do Vila Nova de Goiás para reforçar o ex-campeão nacional Boavista!

Felipe Brochieri e Bruno Lazaroni! A Naval da Figueira da Foz não esteve com meias medidas, e trouxe não um mas dois craques com nomes fabulosos! O primeiro provém do colosso Palmeiras B, tendo anteriormente estado no prestigiado Grémio Barueri! O segundo jogou já no Atlético Sorocaba e União Barbarense! Um duo dinâmico, não tenham dúvidas.

Jessuí! Mais um triste que devia processar os pais! Este avançado, disputado pelo Paços e Leiria, acabou na cidade do Lis. Sem dúvida um passo atrás na carreira, uma vez que passou já pelos conceituados Trairiense, Aracati, Ipiranga, Oeste e Icasa!

Mas atenção, porque agora vamos à equipa que mais e melhor se reforça na terra do Pau Brasil (olha, bom nome para uma fita pornográfica!): o Paços! A equipa da capital do móvel contratou já Édson Di e Kiko do Coruripe, Fernando Pilar do Central de Caruaru e Márcio Carioca do Ceará!

Atenção, eu não tenho nada contra jogadores brasileiros em particular. Eu tenho é muito contra maus jogadores brasileiros. Que raio, será que não há maus jogadores em Portugal? Que é feito de um bom Fernando Aguiar, de um Mário Sérgio, sei lá, de um Kata? Hein?

Só se for realmente por causa dos nomes. Por mais que tentemos, será sempre difícil bater um Laionel ou um Jessuí. E nem vou falar do Brochieri.
E preparem-se, porque até à data limite de transferências muitos outros irão aparecer.
Só para acabar, duas frases que eu acho que definem realmente a ligação Brasil-Portugal no que diz respeito a futebol:

"Nuno Cardoso sublinhou que a Naval 1º de Maio foi obrigada a "fazer algum esforço" para garantir os serviços de Felipe Brochieri, pois "havia vários clubes interessados no jogador"." - Lusa
Em defesa de Nuno Cardoso diga-se que realmente os clubes que procuram jogadores no Palmeiras B (!) são normalmente dotados de um poderio financeiro fabuloso. Há quem diga que estão até ao nível de um Salgueiros!

"O meu salário é menos do que eu mereço mas justo dentro do que o clube pode oferecer." - Sebastião Lazaroni (pai do supracitado Bruno Lazaroni), novo treinador do Marítimo.
Já se sabe que, realmente, Sebastião Lazaroni, muitas vezes comparado a José Mourinho (nomeadamente por ambos serem seres humanos e respirarem - Eh, já é alguma coisa...) podia ficar no Brasil a receber milhões; ou é no Brasil que na maior parte das vezes nem dinheiro têm para pagar aos jogadores e treinador? É capaz, é. Referir só que este artista é o mesmo que tentou, no mundial de 1990 ao comando do Brasil, introduzir a posição de líbero na canarinha. Acabou eliminado nos oitavos. Não se admirem que tenhamos aqui um novo Mick Wadsworth.

Música: Till Brönner - 4 Álbuns

Ouvia noutro dia uma compilação qualquer, e quando ouvi uma música em particular pus-me à procura de mais música do seu autor. O seu nome: Till Brönner, trompetista alemão. Acabei por ouvir 4 álbuns: Love (1998), Blue Eyed Soul (2002), That Summer (2004) e Oceana (2006).

A música que ouvia auto-intitula o seu lançamento de '02: Blue Eyed Soul. Sendo um fã de jazz electrónico gostei imediatamente da faixa. No entanto, foi também uma forma de me predispôr a ouvir a música do trompetista alemão de uma forma unilateral. E a realidade é que Brönner é um músico multifacetado: apesar da sua música ser claramente jazz, salta de sub-estilos em praticamente cada álbum: do Bop, ao jazz electrónico, jazz vocal e mesmo chill. Mas começando pelo início:

Till Brönner - Love (1998)

O título não engana: este álbum concentra-se no jazz melódico, romântico. Notam-se desde logo as influências de Chet Baker (que o próprio Till admite ser a sua referência fundamental, tendo mesmo lançado um álbum de homenagem - Chattin' With Chet); é um álbum muito bem conseguido, onde Till soa como um autêntico veterano. O tipo de jazz perfeito para noites relaxadas a dois.

Brönner aventura-se mesmo a cantar em duas faixas, sendo que não é, claramente, um cantor extremamente dotado. No entanto também não se aventura demasiado, e a coisa acaba por funcionar bastante bem, usando a voz quase como um acompanhamento à melodia. E o seu trompete brilha acima de tudo.

Um álbum muito bom.

Till Brönner - Blue Eyed Soul (2002)

Como já tinha dito, foi a faixa 4 deste álbum que me levou a conhecer mais sobre Brönner. E a faixa é uma excelente introdução a todo o álbum: jazz electrónico, misturado com samples variadas e scratching, cortesia de Samon Kawamura, DJ japonês que colabora no álbum.

Confesso que este álbum me enche as medidas: sendo um fã de Nu Jazz, reconheço neste álbum mérito que não vejo em muitos outros projectos. Não há aqui o agarrar a samples durante o álbum inteiro, coisa que normalmente acaba por tornar a música aborrecida e repetitiva; há sim uma excelente junção do jazz mais tradicional com a sua vertente mais electrónica, e existem ainda toques de soul evidentes, nomeadamente na faixa "Dim The Lights", com o vocalista Mark Murphy em clara inspiração (aliás, vou ter de conhecer melhor a música deste senhor um dia destes).

É um álbum que agradará tanto a fãs de DJ Shadow como de Dizzy Gillespie; aliás, os toques hip-hop de Kawamura são de muito bom gosto, e enriquecem o álbum. Se muitos projectos hip-hop/jazz falham por completo (essencialmente porque uma ou outra parte têm preponência ou porque os elementos usados são os errados), este não é claramente o caso. Em alta rotação no meu leitor de mp3.

Till Brönner - That Summer (2004)

OK, 2 estilos passados, outro se segue. No seu álbum de 2004, Brönner apostou na sua faceta crooner; pegou em standards jazz e em composições próprias e criou That Summer. Confesso que apesar de haver quem discorde comigo, este é o álbum que ouvi de Till do qual menos gostei. Como disse acima, não considero que seja um vocalista capaz de "encher" um álbum com a sua voz. Digam o que quiserem sobre Michael Bublé ou Harry Connick Jr., mas comparar a voz de Till com estes é comparar um Clio a um Série 6.

E o álbum acima de tudo aposta na voz de Brönner; confesso que a meio do álbum dou por mim a pensar: "já tou farto deste gajo". Mesmo que o acompanhamento esteja au point e as intervenções do trompete de Brönner sejam certeiras, acho que há claramente exagero em entregar a alma do álbum à voz dele. Não que o álbum seja mau de todo: agradará a fãs de jazz pop, mas quem conhece outros vocalistas jazz sabe que há melhor.

Till Brönner - Oceana (2006)

Ao fazer Oceana, Till pareceu concordar comigo em relação à insuficiência da sua voz para assegurar um álbum "cheio". Aqui convida alguns amigos, e que amigos: Madeleine Peyroux (das minhas vocalistas jazz favoritas da actualidade), a brasileira Luciana Souza e a modelo-cantora Carla Bruni. Há ainda assim algumas incursões pela voz de Till. Mas, lá está: quando não são em demasia não cansam, acabamos mesmo por simpatizar pela monotonalidade do alemão.

Till brilha sempre nos instrumentais (a faixa de abertura, "Bumpin'", de Wes Montgomery, é fabulosa) e as colaborações são realmente muito boas: Carla Bruni está fantástica, Madeleine Peyroux faz sonhar (como sempre) e Luciana Souza, que eu não conheço, parece ser um dos bons nomes do jazz e bossa brasileira. É, no entanto e para mim, a que menos brilha.

No cômputo geral devo dizer que achei um dos meus novos favoritos. Lembrem-se: Till tem apenas 36 anos, e o potencial para se instalar como um dos maiores da sua geração. Descubram-no; e mesmo que não gostem de jazz ouçam Blue Eyed Soul, que agrada a gregos e troianos...

22.6.07

O quê e para quê?

Sim, lá criei o raio do blog. É capaz de haver muito pouca gente interessada no que eu diga, mas eh, ao menos tenho sempre a satisfação de pensar que pode haver uma única que o faça. E um é o dobro de 0.5, não sei se têm a noção disto.

E acho que até tá engraçado, o diabo do blog. Tem umas corzitas e mai não sei quê. Sempre compensa o conteúdo. Que essencialmente é tudo e qualquer coisa que me passar pela marmita. A sério, num minuto posso estar a discutir a natureza humana como no seguinte a queixar-me dos preços do Pingo Doce. Mas vou tentar focar-me em coisas que interessem ao menos uma das duas pessoas (eu incluído) que vão ler alguma coisa disto: música, filmes, tv, web, arte, política (era capaz de ser giro!), humor, desporto (tinha de ser)...

Com um bocadinho de jeito pode ser que alguém daí até responda e podemos iniciar aqui uns ping-pongs engraçados. Estarei a ser optimista?

É capaz, é.